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                                 Machu Picchu e Águas Calientes


Águas Calientes
é um povoado onde ficam as pousadas, restaurantes e serviços utilizados pelos viajantes que
vêm visitar Machu Picchu. Localizada em um vale 450 metros abaixo da cidade Inca, a cidade é pequena, suas
ruas são estreitas e em muitos casos íngremes. Águas Calientes às vezes é chamado de "Machupicchu Pueblo"
e o nome "Águas Calientes" se deve a existência no local de uma fonte de águas quentes que podem ser des-
frutadas pelos visitantes nos "Bãnos Termales" situado na parte alta da cidade. Caminhadas pela região são um
ótimo programa, principalmente seguindo-se o Rio Vilcanota que margeia a cidade e corre no fundo de um vale
maravilhoso.

Para chegar à cidade só existem 2 possibilidades: de trem saindo de Cusco em uma viagem de aproximadamente
4 horas ou caminhando em trilhas por alguns dias.

No mês de Julho acontece na cidade a festa da "Virgen del Carmen", uma comemoração que também é reali-
zada em outras regiões do Peru e dura 3 dias inteiros. Durante este período acontecem festividades com uma
intensa participação da população do local como shows de música popular, bailes, barracas de comidas e jogos.

Mas o mais característico e interessante são grupos de pessoas desfilam pelas ruas, pela praça do povoado e
mesmo no interior da igreja fantasiados com roupas e máscaras cujas origens remontam a antigos deuses e
rituais. As pessoas fazem as próprias fantasias e máscaras e muitas vezes são financiados por alguém que com
esta doação está pagando uma promessa feita à santa. Algumas máscaras e fantasias ironizam os poderosos de
épocas passadas e atuais, sendo que outras são inspiradas em roupas e mitos da tradição Peruana. Durante o
desfile dos grupos acontecem várias performances, como luta de chicotes, danças de roda e são feitas muitas
brincadeiras sempre acompanhadas de muito barulho, algazarra e música executada por uma banda local.

No último dia é rezada uma missa na igreja da cidade com a presença de todos, inclusive dos grupos fantasiados,
e ao final uma procissão sai da igreja carregando a imagem da santa, dá a volta na "Plaza de Armas" e retorna
novamente à igreja. À noite é realizado um grande jantar na praça com comida preparada pelos próprios mora-
dores da cidade e no qual todos podem participar.



Machu Picchu, que significa "Pico Velho", fica situada a 2.490 metros acima do nível do mar e foi descoberta em
1911 por Hiran Binghan da Universidade de Yale (EUA). Antes desta data, no final do século XIX, já se falava na
existência de uma "cidade perdida" na região e diversas pessoas diziam já ter estado nela ou a terem visto de
longe. Em 1900 um fazendeiro, Agustín Lizárraga, que procurava terras agricultáveis na região relatou ter estado
em Machu Picchu.

As ruínas de Machu Picchu ficam situadas no alto de uma montanha e no fundo de um vale fazendo com que,
para a época, o acesso à cidade fosse difícil tornando muito eficaz a tarefa de vigiar, proteger e defender o
lugar de possíveis tentativas de invasão. Existe somente um caminho para se chegar à cidade e qualquer outro
ponto de acesso exigiria uma escalada difícil, demorada e perigosa. O local é de uma beleza indescritível.

A cidade é toda organizada em diversos setores que são: o setor urbano alto, o setor urbano baixo, o setor para
extração de pedras para construção, o setor industrial, o setor agrícola, o setor real e o setor sagrado. Diversas
construções podem ser encontradas em Machu Picchu como o posto da guarda, a cadeia, os depósitos de
alimentos - "As Qolqas", um observatório astronômico, um local para descanso - "O Tambo", diversos templos
religiosos, praças, um cemitério e as residências.

O ponto mais alto da cidade fica no Huayna Picchu que significa "Pico Novo". O cume desta montanha está situa-
do a 2.700 metros de altitude e pode ser atingido por uma trilha bastante íngreme e precária. A caminhada até
o alto é bonita, difícil e cansativa, mas vale o esforço. O lugar é realmente mágico! De lá temos uma vista sober-
ba da cidade de Machu Picchu e dos vales que a cercam. No alto desta montanha existem restos de uma cons-
trução que provavelmente pertencem a um templo que não chegou a ser terminado. Dizem que
os Incas subiam
até este local e lá ficavam meditando e fazendo orações.